O Sindicato dos Trabalhadores em Hotelaria e Gastronomia de Gramado (Sinditrahg) entregou na manhã desta segunda-feira, dia 6, na Câmara de Vereadores, sugestões de alterações no Projeto de Lei Complementar 003/2021, que institui o novo Plano Diretor. Entre as principais reivindicações da classe estão pedidos de dados e projeções em relação à oferta de moradia para a população de baixa renda.
No documento protocolado pela entidade, o presidente Rodrigo de Oliveira Callais expõe a preocupação com os impactos que nascem junto ao crescimento do turismo. Até 2027, estão estimados, segundo descrito pelo sindicato, a geração de mais de 5 mil empregos, ou seja, um aumento considerável na demanda por mão de obra.
“Vai acarretar num crescimento populacional e que, como consequência, será necessário um planejamento no sentido de oferecer a estas pessoas o mínimo necessário de serviços para que tenham qualidade de vida e possam exercer suas funções”, diz Callais.
Para o presidente, as soluções de moradia popular apresentadas no PLC 003/21 são insuficientes. “Apesar de contemplar a ‘pulverização’ de novas áreas de destinação para Habitação de Interesse Social em regiões com urbanização consolidada, não oferece mecanismos efetivos que garantam que isto vai resolver o problema. A terra urbanizada em Gramado custa muito caro, é para poucos”, complementa.
O documento foi anexado ao projeto de lei e, assim como as demais demandas e contribuições da comunidade, pode ser lido no Sistema Legislativo no site da Câmara de Vereadores: gramado.rs.leg.br. As sugestões foram entregues ao presidente da Casa, Renan Sartori (MDB), e ao vereador Rodrigo Paim (MDB).
Foto: Letícia de Lima/Câmara de Gramado