A Polícia Civil de Canela realizou ação policial para o combate a crimes de extorsão praticados por quadrilha especializada no golpe de nudes na região. Na última quinta-feira (29), policiais civis identificaram investigada que se passava por mulheres bonitas nas redes sociais, criando falsos perfis para enganar homens e extorquir deles valores em dinheiro.
Após iniciar uma conversa e simular amizade íntima, a criminosa, utilizando as fotos falsas nos perfis criados para os golpes, trocava nudes com as vítimas. Após, passava a extorquir os homens, exigindo valores em dinheiro para não divulgar as fotos em que eles apareciam nus e em poses consideradas moralmente comprometedoras.
O Delegado Vladimir Medeiros, titular da Delegacia de Polícia de Canela e responsável pelas investigações, explicou que este tipo de golpe tem sido muito usual recentemente, com aumento dos índices no período da pandemia. Medeiros informou, ainda, que os golpistas têm utilizado muito a internet e as redes sociais para aplicar golpes, sendo muitas as vítimas que registram ocorrência policial na Delegacia da cidade.
A autoridade policial orientou, no entanto, que os homens desconfiem desse tipo de abordagem, especialmente quando logo após o início da conversa virtual já houver rápida troca de intimidade e a pessoa solicitar fotografias em que o homem esteja sem roupas.
A Polícia Civil de Canela orienta que sejam feitos registros de ocorrência nos casos de extorsão e explica que, além do conhecido “golpe dos nudes”, há uma prática criminosa semelhante, em que, após troca de fotografias íntimas (sempre falsas), outro golpista entra em contato com a vítima se identificando como advogado ou policial, exigindo valores em dinheiro para que a vítima não seja processada ou mesmo presa. O Delegado Vladimir Medeiros informa que a Polícia Civil não age dessa maneira, não exigindo dinheiro em nenhuma hipótese.
A Polícia Civil de Canela informa que a criminosa foi detida na cidade de Gramado, na tarde da última quinta-feira (29), mas não revela detalhes da investigação policial, que segue em andamento. Medeiros apenas referiu que a investigada mantém vínculo com outros criminosos que se encontram presos e, de dentro dos presídio, também cometem o mesmo crime.