A popularidade do personagem Zé Leôncio da novela Pantanal selou a consagração de Marcos Palmeira no Festival de Cinema de Gramado. Ovacionado pelo público em sua caminhada pelo tapete vermelho e depois, mais uma vez, dentro do Palácio dos Festivais, o ator recebeu na noite deste sábado (13) o troféu Oscarito.
Aplaudido de pé, o homenageado recebeu o troféu das mãos da presidente da Gramadotur Rosa Helena Volk e frisou a importância da cultura, do turismo e do meio ambiente para transformações sociais. Ativista ambiental, Palmeira lembrou que foi na sua imersão em meio a índios isolados no Pará que sua vocação para a interpretação ficou mais evidente ao contar histórias do “homem branco” para a comunidade.
“Eu estou muito emocionado e só tenho a agradecer. Aqui eu me lembrei de uma coisa, quando eu fazia teatro, o Fauzi Arap dirigia uma peça, eu era bem jovem, e eu tinha uma dor nas costas e ele me disse ‘Marquinhos, se liberta desse velho, traz a criança’. Acho que hoje com esse prêmio estou fazendo conexão com essa criança. Obrigado Gramado!”, agradeceu.
Nascido e criado em uma produtora de cinema, ele já atuou em mais de 40 filmes e foi premiado em Gramado com dois Kikitos: Melhor Ator Coadjuvante por Barrela-Escola de Crimes (1990), de Marco Cury, e Melhor Ator por Dedé Mamata (1988), de Rodolfo Brandão.
Recentemente em 2015, na edição de número 43 do festival, ele esteve em Gramado para acompanhar a homenagem a seu pai, Zelito Viana, que ganhou o troféu Eduardo Abelin, honraria que reconhece diretores, produtores e técnicos pelo trabalho desenvolvido em prol do cinema brasileiro.
Antes de passar pelo tapete vermelho, o homenageado da noite conversou com a imprensa durante a tarde de sábado em coletiva oficial do evento e lembrou a relevância do evento para sua longa e aplaudida carreira: “Gramado é tão importante na minha vida, o Festival já me deu tantas coisas. Se hoje estou aqui e continuo trabalhando devo muito a Gramado. Me faz ter uma reflexão profunda da minha própria vida”.
“Sinal de Alerta Lory F” é o melhor curta gaúcho do 50º Festival de Cinema de Gramado
Melhor Filme – “Sinal de Alerta Lory F”, de Fredericco Restori, da produtora Oito e Meio Filmes
Melhor Ator – Victor Di Marco em “Possa Poder”
Melhor Atriz – Valéria Barcellos em “Possa Poder”
Melhor Direção – Jonatas Rubert, por “A Diferença Entre Mongóis e Mongoloides”
Melhor Roteiro – Jonatas Rubert, por “A Diferença Entre Mongóis e Mongoloides”
Melhor Fotografia – Flora Fecske, por “O Abraço”
Melhor Montagem – Fredericco Restori, por “Sinal de Alerta Lory F”
Melhor Direção de Arte – Gabriela Burck, por “A Diferença Entre Mongóis e Mongoloides”
Melhor Trilha Sonora – Gutcha Ramil, Andressa Ferreira e Ian Gonçalves Kuaray, por “Mby´Á Nhendu – O Som do Espírito Guarani”
Melhor Desenho de Som – Andrez Machado, por “Fagulha”
Melhor Produção Executiva – Henrique Lahude, por “Drapo A”
Melhor Filme pelo Júri da Crítica – “Apenas para registro”, de Valentina Ritter Hickmann.
Menção Honrosa ao filme “Drapo A”, de Alix Goerges e Henrique Lahude
Fotos: Cleiton Thiele – PressPhoto