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sexta-feira, abril 19, 2024
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Clubes brasileiros voltam a decidir uma Libertadores

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Os clubes paulistas tinham uma difícil missão nessas semifinais: enfrentar duas das equipes mais tradicionais da competição.

Retranca no Allianz Parque


Se o jogo de ida havia sido mamão com açúcar após mexidas brilhantes no time por Abel Ferreira, o jogo de volta em casa não foi da mesma forma. Após abrir uma vantagem de três gols na partida de ida, o Palmeiras sofreu para segurar o River e perder por apenas dois gols, garantindo sua vaga na final.


Quem viu o placar da partida não consegue imaginar a emoção que foi o jogo. Marcelo Gallardo preparou de forma intensa seu time, entrando com a corajosa formação 3-1-4-2. Estudou o Palmeiras a fundo, que entrou em campo com um 3-4-2-1 com possibilidade de transformar em um 5-4-1 para marcação, recuando Gabriel Menino e Vinã na linha defensiva. Palmeiras apostou tudo na velocidade de Rony e na pontaria de Luiz Adriano para jogar no contra-ataque, mas a linha de três zagueiros do River estava sempre minunciosamente posicionada em campo: Gallardo não subiu a linha defensiva buscando maior pressão justamente para não perder em velocidade com lançamentos, mas ao mesmo tempo não permitia espaços para os atacantes palmeirenses flutuarem entre as linhas de marcação.

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Outros fatores importantes foram as movimentações do time argentino e as opções de passe. O meio campo se move de forma constante e veloz buscando confundir a marcação e abrir uma opção de passe, enquanto quem está com a bola dominada tem toda a frieza e paciência para segurar a bola e achar espaços. Palmeiras foi tão dominado quanto foi dominante na primeira partida. Talvez até mais, considerando que o time não chutou no gol dos argentinos no segundo jogo inteiro, porém passa de fase quem transformou melhor o controle da partida em gols.

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Santos surpreendendo


Se o Palmeiras arrasou o River no jogo de ida, o Peixe arrasou com o Boca no jogo de volta. Foram três gols em cima de um Boca Juniors apático, placar justo após 180 minutos de boas atuações da equipe paulista. O Santos já havia segurado o Boca na Bombonera com o placar de 0 a 0, jogando melhor que os argentinos. No jogo de volta, mostrou ter estudado o rival: um grande time em uma temporada mais fraca, que apesar de não ter muito poder ofensivo é complexo de ser batido, sofre pouquíssimos gols (havia sofrido apenas 3 em toda a competição).

A partir dessa percepção, surge o brilhantismo de Cuca na temporada. Não é um técnico de táticas complicadas e movimentações complexas. Montou seu time com um sistema defensivo consistente e deu liberdade e velocidade para seus brilhantes atacantes atuarem. Com menos posse de bola, conseguiu finalizar 20 vezes e criar 4 grandes chances de gol. Somando as duas partidas de forma linear (do primeiro minuto do jogo de ida ao último do de volta), ficou mais de 90 minutos sem sofrer finalizações no gol. Um feito memorável.

O que esperar da final?


Poucos apostariam, no começo de 2020, que esses seriam os finalistas da Libertadores. Ambos os times mudaram de técnicos após o início da temporada e as duas mudanças surtiram de forma positiva. O trabalho de Abel no Palmeiras é muito bom. O Verdão era acusado muitas vezes de ser um time subestimado, por conseguir bons resultados a partir de adversários fracos. E era verdade em parte, mas na hora de enfrentar o melhor time da América nos últimos cinco anos, pelo menos no jogo de ida, demonstrou ter muita capacidade e principalmente intensidade.

Já Cuca no Santos, encontrou um time em crise: impossibilitado de contratar novos jogadores, crises políticas no clube e desfalques atrás de desfalques. Ao não ter elenco o suficiente e não poder adquirir jogadores, surgiu com uma solução que não só tapou os buracos como potencializou todo o time: usou os meninos da base. Apesar de não estar indo tão bem no Brasileirão, o time do Santos faz pesar sua camisa na Libertadores e derrubou grandes favoritos ao título goleando.

Existem problemas é claro. O Palmeiras de Abel ainda é um time que oscila muito em suas atuações. Em uma partida goleia o vice campeão da Libertadores, na outra quase perde a vantagem. Demonstrou dificuldades também para bater o América e o Sport em jogos recentes. O time precisa um pouco mais de regularidade em suas atuações, antes que influencie seus resultados.

Já o Santos sofre com um outro problema. Com o elenco enxuto, conta com peças fundamentais que não tem como substituir. Uma possível lesão ou atuação ruim pode prejudicar muito o time que já atua com seu máximo de potencial. É muito bom um time jogar com máximo de qualidade que tem a oferecer, mas ao mesmo tempo perigoso quando comparamos com o Palmeiras que possuí muito mais elenco e ainda não atingiu todo seu potencial.

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