Uma tentativa de assalto inusitada ocorrida em Canela na segunda-feira (25), teve grande repercussão na mídia local e nacional. O crime foi praticado por um cadeirante, mudo o qual segurando com o pé a réplica de uma arma de fogo tentou assaltar o estabelecimento. (Veja aqui a matéria).
Há cerca de quatro anos atrás, um grupo de corredores de Gramado, sensibilizado com as dificuldades que um menino cadeirante passava. O adolescente nasceu com paralisia cerebral e não tinha os movimentos das mãos, apenas dos pés. Diante das dificuldades pelas quais enfrentava o cadeirante, decidiram ajudar.
O grupo arrecadou uma quantia significativa e conseguiram comprar uma cadeira motorizada para melhorar as condições de locomoção do então adolescente. “Gastamos mais de R$ 10 mil para comprar a cadeira, a qual ainda teve que ser personalizada para atender o menino”, destacou um dos integrantes do grupo que pediu para não ser identificado.
Além da cadeira, o grupo ainda seguiu ajudando o adolescente. Ele residia em uma casa no bairro São José a qual não estava adaptada para um cadeirante. Diante disso, conseguiram dinheiro para realizar reformas necessárias para que ele pudesse ter melhores condições de vida na casa. “Quando eu vi a matéria custei a acreditar que se tratava do garoto que ajudamos. Mas é como diz o ditado: Devemos fazer o bem, sem olhar a quem”, destacou o voluntário.
Relojoaria já foi alvo de três assaltos
A relojoaria localizada na Rua Júlio de Castilhos, já foi atacada em três oportunidades nos últimos anos. Em todos os casos os criminosos não tiveram sucesso. Nos dois assaltos os envolvidos acabaram presos em flagrante e tudo o que havia sido roubado foi recuperado. Em outra tentativa, os criminosos arrombaram uma loja que dividia a parede com a relojoaria. Eles fizeram um buraco na parede e conseguiram entrar no estabelecimento. No entanto, o sistema de alarme acabou alertando a polícia e os criminosos fugiram.
Sobre o ocorrido desta segunda-feira, o proprietário relatou que ele e a cliente que estava na loja lavaram a situação na brincadeira. “No começo até demos uma grana pra ele”, destacou a vítima. Mas, enquanto a cena se desenrolava, outro funcionário já havia acionado a Brigada Militar que realizou a prisão.
Polícia Civil vai apurar o caso
O Delegado Vladimir Medeiros, titular da Delegacia de Canela está apurando a motivação e se o jovem agiu sozinho no desenvolvimento do crime. Medeiros divulgou um vídeo onde relata os procedimentos que a Polícia Civil vai adotar em relação ao caso.