“Davi levou a mão ao seu alforje, apanhou rapidamente uma pedra que lançou por meio de sua atiradeira e atingiu o filisteu (a saber, o gigante filisteu) na testa, de tal modo que ela ficou encravada, e ele tombou, dando com o rosto em chão.”
1 Samuel 17.49
Estimado leitor,
O versículo acima narra o desfecho de uma emblemática (senão a mais de todas) história de superação e coragem das Escrituras Sagradas. Mesmo aqueles que não são cristãos conhecem bem esta história.
Uma das tribos mais selvagens e sanguinárias daquela época (cerca de 930 a.C) e inimigos do povo de Israel eram os filisteus. Durante o reinado de Saul, um temido gigante filisteu fez um desafio: que o rei apresentasse um guerreiro hebreu para medir forças com ele (homem a homem), e a tribo perdedora se tornaria escrava e deveria servir a vencedora.
A nação israelita ficou aturdida, sendo que nenhum homem do exército (nem mesmo o rei Saul) se dispôs a combater o gigante. E foi em meio a este cenário crítico que surgiu Davi como voluntário, que mesmo já tendo sido ungido como rei sucessor de Saul, não tinha ainda nenhum protagonismo no meio social, político (e muito menos bélico) da nação.
Podemos aprender valiosas lições desta história, das quais gostaria de destacar três, que tem aplicação prática em nosso cotidiano.
A primeira diz respeito à ousadia de Davide se candidatar a enfrentar o gigante, surgindo do anonimato. Quantos de nós não assume uma posição de protagonismo mesmo que tenhamos condições para isto. Preferimos ficar em nossa zona de conforto a correr riscos, limitando substancialmente nossas chances de obter a tão almejada vitória.
A segunda, foi sua determinação – mesmo em meio a zombarias e ao descrédito (por não possuir um porte físico compatível a de um soldado), Davi não se abalou e permaneceu constante e inflexível em seu propósito de enfrentar (e vencer) o temível guerreiro filisteu. O homem tende a desistir facilmente de seus objetivos diante de qualquer dificuldade que surge à frente. Precisamos vencer esta fraqueza, seguindo em frente de forma inabalável ao alvo proposto.
E por último, e não menos importante, Davi teve a coragem com uma intensidade incalculável, convicto de que iria vencer o gigante – e foi o que ocorreu! Muitas vezes plantamos em nossos corações a semente da dúvida e do medo, não nos posicionamos como deveríamos, nos sentimos pequenos diante da oposição (seja uma pessoa ou situação) e assim, muitas vezes, somos sucumbidos.
A bênção do Senhor sobre sua vida juntamente com a ousadia, a determinação e a coragem foram os principais ingredientes que resultaram na vitória de Davi e de seu povo. Creia que a sua vitória também é possível com os mesmos componentes, independente da envergadura do gigante que lhe ameaça!