Os dois homens presos em Gramado na manhã desta quinta-feira (3), suspeitos de participação no assalto à banco ocorrido em Criciúma, haviam alugado um chalé, onde pretendiam ficar até domingo. Entre os presos, estava um homem apontado como um dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo. No total o chalé havia sido alugado para seis pessoas.
Dos oito presos envolvidos no assalto ao Banco do Brasil, em Criciúma, Santa Catarina, na madrugada de terça-feira (01), dois deles foram capturados em Gramado, pela Polícia Civil. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) capturou cinco dos oito envolvidos – três deles na cidade de Passo de Torres, divisa com Santa Catarina, e outros dois em São Leopoldo. Segundo informações da PRF, eles foram abordados em um veículo com placas de São Paulo, dentro do qual foram apreendidos R$ 8 mil.
Já pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Brigada Militar, um indivíduo foi preso no município de Três Cachoeiras, na divisa com Morrinhos do Sul, a cerca de 100km de onde o ataque ocorreu. O indivíduo estava numa residência, onde os policiais encontraram uma calça com vestígios de sangue, o que pode indicar que outro homem envolvido no roubo e que estaria ferido também esteve no local. Conforme o Vice-governador e Secretário da Segurança Pública, delegado Ranolfo Vieira Júnior, a casa pode ter servido de ponto de transição após o ataque. Ainda segundo ele, os seis presos no estado não são gaúchos, mas naturais de São Paulo.
Para a Chefe de Polícia, Delegada Nadine Anflor, o fato de o ataque envolver pessoas de fora o estado pode indicar a participação de facções paulistas no ataque. “Todas as ações foram coordenadas junto aos demais órgãos de segurança envolvidos, num verdadeiro trabalho integrado”, avaliou. Também a Polícia Militar de São Paulo deteve uma mulher suspeita de envolvimento no roubo. Buscas por criminosos que possam ter ligação com o grupo continuam no Rio Grande do Sul.