“Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes.”
Mateus 25.30
Estimado leitor,
O versículo em apreço faz parte da parábola dos dez talentos contada pelo próprio Jesus Cristo.
Em síntese, a história narra um senhor que detinha uma propriedade e três servos que cuidavam dela. Certa feita, o senhor decidiu ausentar-se para um lugar longínquo, mas antes de partir entregou seus bens a seus servos, conforme a capacidade de cada um. Depois de muito tempo, o mesmo senhor retornou à sua terra e pediu prestação de contas aos seus três empregados. Dois deles conseguiram multiplicar a parte que lhes tocou, e o terceiro, com medo do seu patrão, guardou o valor que lhe foi confiado e devolveu a mesma quantia. Tal atitude provocou a ira de seu senhor, retirando do servo a quantia que não prosperou e dando-a aos outros dois.
Esta parábola é uma metáfora dos talentos que Deus dá aos seus filhos, e o que cada um faz com tais talentos.
Quando falamos em talentos, estes se referem a aptidões, atributos e qualificações com que cada pessoa é dotada desde sua concepção, que ficam latentes, manifestando-se ao longo da sua vida. Se estivermos conscientes disto, devemos pô-los em prática a nosso favor e da comunidade onde estamos inseridos (a família faz parte desta comunidade).
Ao não fazermos uso de tais talentos, estamos desperdiçando o melhor de nossas vidas – é como receber uma herança de valor inestimável e jogar tudo fora com futilidades efêmeras e de consequência irrecuperável e amarga.
Da mesma forma, usar as aptidões divinas para propósitos desvirtuados e trevosos é tão condenável (ou talvez ainda mais) quanto não os usar.
Portanto, reflita nas suas qualidades intrínsecas – aquelas coisas que você faz tão bem com prazer e naturalidade. Na sequência, pense no bem que seus talentos podem fazer a você próprio e aos que estão ao seu redor. Sejamos como os dois servos da parábola que multiplicaram e prosperaram o patrimônio que lhes foi entregue (seus talentos) a favor do Reino de Deus!