Diulia de Oliveira, companheira de Artur Fogaça Marques, 28 anos, que foi morto durante uma discussão com um vizinho no dia 12 passado, relatou ao Jornal Digital Canela o que ocorreu na ocasião. Ela contesta a versão do autor do crime que alegou legítima defesa. Destacou ainda que seu companheiro não teria invadido o pátio do vizinho.
Ela relatou que naquela tarde tinha ido com seu companheiro até a casa de uma vizinha. Ao retornarem passaram pelo autor o qual teria questionado Artur que o estaria encarando. “Meu marido falou que nao tinha nenhum problema e nao queria mais confusão”, recorda. Nesse momento, Diulia relata que um parente do autor também se aproximou e começou a discutir com Artur. “Ele chamou meu esposo de chinelo e falou que meu marido so trazia incomodação pro beco, nisso empurrou meu marido. Viramos as costas e viemos em direção da nossa casa”, destacou.
Quando tudo parecia encerrado, segundo Diulia, o vizinho disse que iria “sapecar” seu marido, o que fez com que Artur voltasse e a discussão seguiu. Neste momento o vizinho deixou o local e a vítima continuou discutindo com o segundo envolvido. Instantes depois, segundo Diulia, o autor retornou ao local, desta vez armado e exigiu que Artur largasse o facão que tinha em mãos. Neste momento outra moradora tentou intervir e pediu para que Artur corresse. “Meu marido disse que homem não corre e nisso ele foi atingido com um tiro. Corri na direção dele e ele falou quer ver que atiro em você também. Entou fui socorrer o Artur”, recordou Diulia.
Passado o flagrante, o autor se apresentou na delegacia com um advogado e alegou legítima defesa, destacando que vinha sendo ameaçado pela vítima. Ele responde o processo em liberdade. O Delegado Vladimir Medeiros, que comanda as investigações informou que o inquérito ainda está em andamento. “Temos algumas oitivas para fazer que deve seguir nesta e na outra semana. Também estou aguardando o resultado da necropsia”, destacou Medeiros. A alegação de legítima defesa está sendo apurada.