Pois então, o assunto da semana no meio esportivo foi a saída do Renato Gaúcho do comando técnico do Grêmio. Não o conheço tão bem assim para falar da pessoa Renato Gaúcho, mas a impressão que tenho é de que seja uma pessoa arrogante, pelo menos é o que me passa. É uma impressão baseada no que vejo por suas entrevistas e declarações, mas no seu cotidiano pode ser completamente diferente. No entanto, como treinador e principalmente como treinador do Grêmio, sua competência não se discute. Levou o Tricolor há muitas conquistas e para um nível comparado aos melhores times do Brasil e certamente da América. 

Com jogadores qualificados no elenco apresentou um futebol que dava gosto de ver. Toque de bola refinado, domínio de jogo e encurralando os adversários. Porém, foi perdendo peças importantes que não tiveram reposições no mesmo nível. Por um certo tempo ainda conseguiu manter um bom desempenho, mas até mesmo as reposições foram deixando o clube e os resultados já não foram os mesmos. Desde o ano passado a saída de Renato já vinha sendo cogitada por muitos. A mudança acabou se tornando necessária, principalmente após a eliminação na Pré-Libertadores. Novos ares e desafios certamente farão bem ao treinador. A mudança também pode ser benéfica ao Grêmio. Vamos ver o que o novo treinador pode fazer.

No Inter a bola da vez é o espanhol Miguel Ángel Ramírez Medina. Por enquanto ainda é cedo para uma avaliação mais precisa. No entanto, o que vi até o momento não agradou. Não se tem um time definido e nem tão pouco um esquema de jogo que tenha resultado em uma boa apresentação. O começo do Inter sob o novo comando lembrou muito o estilo do ex-técnico Eduardo Coudet. Muita posse de bola no campo de defesa e nenhuma objetividade. Time lento e pouco ofensivo. Na verdade, acho que o time de Coudet teve mais sorte do que juízo. Muito diferente do Inter de Abel Braga que, por pouco, não levou a taça do Brasileirão. 

Mas, ainda é cedo para uma avaliação melhor e Miguel precisa de um tempo a mais para implantar sua filosofia. O mesmo Abel não iniciou bem no Inter, mas conseguiu resultados extraordinários com o que tinha em mãos. Já o novo comandante ganhou reforços importantes e ainda tem aqueles que estão voltando de lesão. Na teoria o Inter está melhor do que o time que ficou com o vice do Brasileirão. 

Enfim, os dois times estão em processo de reestruturação e somente o tempo é que vai dizer qual treinador conseguirá melhores resultados. Será mais um ano desgastante pela quantidade de competições e jogos que terão pela frente. Um bom início será erguer a taça do Gauchão. Vamos torcer e ver o que acontece.

Ótimo e abençoado domingo a todos.

Fale com o colunista