CANELA | Na última quarta-feira (27), Canela foi palco do segundo encontro presencial do curso de aperfeiçoamento “Educação Infantil Ambiental para Justiça Climática: Crianças de um território, infâncias de um planeta”. Voltado para professores da educação infantil, profissionais e educadores envolvidos com educação ambiental, o curso tem como objetivo promover uma abordagem holística e reflexiva sobre a importância da justiça climática no contexto educacional.
O primeiro encontro do curso foi realizado na Floresta Nacional de Canela (FLONA) e contou com uma reflexão profunda sobre a importância e os desafios da educação indígena. A atividade foi conduzida pelos professores Jucemari da Silva Corrêa e Leonel Caetano Chaves.
“A educação indígena não é apenas sobre ensinar tradições ou preservar memórias; é sobre reconhecer a sabedoria ancestral como um alicerce para construirmos um futuro mais sustentável e justo. As crianças precisam entender que a relação com a terra é de respeito e reciprocidade, pois somos todos parte dela. É na infância que plantamos as sementes da consciência ambiental e do reconhecimento de que os povos indígenas têm muito a ensinar sobre como viver em harmonia com o planeta.” destacaram os professores
Em seguida, no Centro Integrado de Desenvolvimento e Inovação de Canela (CIDICA), os participantes participaram de uma oficina sobre “Movimentos de Construção de Planos de Ação para a Educação Infantil Ambiental” e assistiram a uma palestra com o tema “Uma visão holística do SER”.
Nesta edição, os participantes puderam visitar a exposição “Eu moro no Brasil e a África que eu sou é no Bairro do Limão!”, apresentada pela mestranda Elena Castello. Durante o evento, Elena compartilhou sua experiência e destacou:
“Estas imagens, inicialmente elaboradas como registros de uma pesquisa fotoetnográfica, hoje aparecem como memórias de uma educação onde as vozes das crianças ensinam sobre seus desejos, a imaginação e a liberdade. Emergem aqui suas declarações e reivindicações, em meio ao cenário verde e vivo do qual todos nós fazemos parte, também nos fazendo lembrar quem nós somos: sujeitos agentes, brincantes, copartícipes de um cosmos que extrapola as limitações do antropocentrismo.”
Promovido pelo Ministério da Educação (MEC), o curso está sendo realizado em cinco polos no Brasil: Rio Grande do Sul, Bahia, Rio de Janeiro, Tocantins e Distrito Federal. No Rio Grande do Sul, Canela e Novo Hamburgo atuam como polos regionais, em colaboração com as Secretarias Municipais de Educação, a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) e a Universidade Federal de Rio Grande (FURG).
A Prefeitura de Canela reforça seu compromisso com a educação ambiental e a formação de professores, contribuindo para o desenvolvimento de práticas pedagógicas que promovam a justiça climática e a consciência ambiental desde a infância.