O Projeto Apadrinhar foi lançado em Canela na quinta-feira (23.2), no Grande Hotel Canela, pela Poder Judiciário e Ministério Público em parceria com a Prefeitura, com objetivo de ampliar as oportunidades de convivência familiar e comunitária às crianças e adolescentes abrigados na Casa Lar, que possuem remotas possibilidades de adoção ou reinserção no convívio familiar.
O Projeto Apadrinhar é gerido por uma comissão formada por membros da Secretaria Municipal de Assistência Social, preferencialmente do CREAS – Centro de Referência Especializada em Assistência Social, equipe técnica do Abrigo Casa Lar e do Grupo de Apoio à Adoção Construindo o Amor, com acompanhamento e avaliação do Poder Judiciário.
Na oportunidade foi apresentado a equipe formado por:
* Pelo Abrigo Casa Lar – Carina Pereira – Assistente Social e Bibiana de Azevedo e Souza – Psicóloga;
* Creas – Michele Steinmetz Magro – Assistente Social e Daniel Henrique de Paula Couto – Psicólogo
* Grupo de Apoio à Adoção Construindo o Amor – Tatiane da Silva Cavallin dos Santos e Cristina Kohlrauch Basei Wagner.
Tatiane Cavallin e Bibiana de Azevedo e Souza apresentaram as modalidades de apadrinhamento que pode ser afetivo, prestador de serviço ou financeiro. Destacaram também as formações que acontecem no Cidica dias 28 de fevereiro, 1, 2 e 3 de março, a partir das 19h. Nessas datas a comissão também poderá esclarecer dúvidas dos interessados no projeto.
A comissão também realizou um agradecimento especial ao Grande Hotel pela ajuda no lançamento do Apadrinhar e cedência do espaço, a agência Yoda pelo material publicitário e institucional do Apadrinhar e a neuropsicóloga – psicóloga infanto juvenil – Thalita Diniz.
O presidente do Abrigo Casa Lar e Presidente do Comdica de Canela, Pastor Paulo Terra, falou que a sua entidade Rosa de Saron administra a Casa Lar, em convênio com a Prefeitura de Canela, por meio da secretaria de Assistência, há 13 anos e nesse tempo muitas histórias aconteceram. “Num dia dos pais eu fui em uma escola onde nove crianças do abrigo estudavam para participar de uma homenagem. Eu estava lá sendo pai de todos eles. No final vieram me abraçar” contou emocionado.
“Com esse projeto de apadrinhar salvaremos muitas vidas, pois essas crianças serão adolescentes e depois adultos na nossa comunidade”, completou.
Dr. Max Guzzelli, promotor de Justiça, falou que o “engajamento daqueles cidadãos de bom coração e até mesmo empresas, que queiram ajudar crianças e jovens aqui de Canela. Temos modalidades distintas de apadrinhamento, seja afetivo para repassar bons valores da vida e permanecer algum tempo junto nos finais de semana, ou financeiro por meio de auxílios como prestação de serviços de saúde, oferecimento de cursos profissionalizantes, entre outras diversas possibilidades. Para quem está doando pode ser algo pequeno, mas para quem recebe pode fazer toda diferença, já que estas crianças e adolescentes possuem dificuldades reais em suas vidas e por isso estão abrigadas”.
A juiza Dra. Simone Chalela frisou que “chegou a hora de uma nova caminhada que beneficiará os abrigados na Casa Lar, o projeto Apadrinhar é uma nova oportunidade, uma nova perspectiva na vida dos acolhidos que pedem muito pouco perto do que é solidariedade, a empatia, o amparo que a nossa sociedade pode lhes dar. Conto com apoio de todos para mais este desafio que tenho certeza que ajudará nossas crianças e adolescentes com laços de afetos com a sociedade e a cada um que contribuir nessa causa a rever seus princípios da solidariedade, do amor ao próximo, do cuidar, proteger, patrocinar ou auxiliar, ajudando a materializar os sonhos pessoais ou profissionais desses protegidos pelo abrigo”.
O prefeito Constantino Orsolin parabenizou os organizadores pela iniciativa e disse que a administração municipal está à disposição para colaborar com o projeto em tudo o que for possível.
COMO PARTICIPAR
O cadastramento é feito por meio do endereço eletrônico [email protected] com o preenchimento da respectiva ficha de cadastro e termo de compromisso, bem como a apresentação dos seguintes documentos:
– Comprovante de residência;
– Certidão negativa criminal/folha corrida judicial (próprio e de demais membros maiores de 18 anos do núcleo familiar);
– Cópia do RG ou CNH (próprio e de demais membros maiores de 18 anos do núcleo familiar);
– Declaração de Concordância do(a) cônjuge/companheiro(a)/para casais.
MODALIDADES DE APADRINHAMENTO
I – Apadrinhamento afetivo: aquele que estabelece vínculo estável e duradouro com a criança/adolescente, visitando-o regularmente e proporcionando assim sua convivência familiar e comunitária;
II – Apadrinhamento prestador de serviços: destinado a profissional ou empresa que, por meio de ações de responsabilidade social, se cadastrem, apresentando plano de atividades, para atender as demandas dos acolhidos;
III – Apadrinhamento financeiro: aquele que dá suporte material a criança/adolescente seja com doação de material escolar, vestuário, brinquedos, cursos profissionalizantes, reforço escolar, práticas esportivas, idiomas ou contribuição financeira para demanda específica dos participantes do programa como forma de dar apoio a jovens acolhidos que se preparam para os desafios da vida autônoma.