A estiagem ocorrida entre o final de 2021 e o início de 2022 provocou perdas de até 39% na produção agrícola de Nova Petrópolis. Além disso, a baixa oferta de água em nascentes e reservatórios, para o consumo animal, trouxe prejuízos consideráveis para atividades como a bovinocultura leiteira e a avicultura. Esses e outros motivos levaram o Município a decretar situação de emergência, com publicação de decreto na sexta-feira, 4 de março.
O decreto considera informações levantadas e relatadas pela Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente; Conselho Municipal de Política Agrícola; Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Nova Petrópolis e Picada Café e Emater/RS.
De acordo com a Emater/RS, a estiagem provocou perdas de 39% na produção de milho em grão e para silagem, que totalizam uma área de 1.980 hectares na safra 2021/2022. Outras culturas também tiveram perdas, como laranja e bergamota (25%), feijão (15%), figo (15%), goiaba (12%) e uva (8%).
O decreto cita outras consequências da redução da disponibilidade de água, como dificuldades para a irrigação de lavouras de espécies de hortaliças e frutas. Da mesma forma, a seca afeta o plantio de novas áreas. Há dificuldade também para promover abastecimento das criações animais, muitas vezes sendo necessário utilizar, emergencialmente, a água destinada ao consumo humano, quando disponível.
Cerca de 100 famílias do interior do Município necessitam de atendimento emergencialmente por caminhões pipa, visando o suprimento básico de água para o consumo humano.
Conforme o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Jorge Luiz Lüdke, o decreto de situação de emergência visa principalmente oferecer meios legais para o auxílio aos agricultores afetados pela seca, como descontos e isenções de financiamentos rurais e a inscrições em programas emergenciais do Governo do Estado.