CANELA | O vereador Leandro Gralha (MDB), que havia sido preso pela Polícia Civil na quinta-feira (04), ganhou liberdade nesta sexta-feira (5) após audiência de custódia. A informação foi confirmada pelo advogado Luiz Fernando Tomazelli, que atua na defesa do vereador. Gralha havia sido preso acusado de coagir um cidadão para que retirasse uma denúncia envolvendo supostas irregularidades no Hospital de Canela.
Tomazelli conversou com nossa reportagem e destacou que “não existe prova alguma no processo que pudesse remeter a uma suposta ameaça ou constrangimento do Vereador contra a pessoa que, contra ele fez, uma denúncia na Câmara Municipal de Canela”.
Confira na íntegra a nota da defesa enviada a nossa reportagem sobre o caso:
“A defesa, após ter acesso aos autos, pode constatar que não havia as mínimas condições e requisitos para a prisão do Vereador Leandro, o que se confirmou logo no início da noite do mesmo dia de ontem (04), com a concessão da liberdade que se alcançou no Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, e pela impetração de um Habeas Corpus, em seu benefício, para que viesse, imediatamente, em sede liminar, ser restabelecida a liberdade de Leandro Gralha.
Não existe prova alguma no processo que pudesse remeter a uma suposta ameaça ou constrangimento do Vereador contra a pessoa que, contra ele fez, uma denúncia na Câmara Municipal de Canela. E se não bastasse isso, o denunciante compareceu espontaneamente no Palácio Legislativo Municipal e retirou a denúncia, ou seja, mostrou seu arrependimento, e isso frente a vários servidores da Câmara Municipal e Vereadores. Disse também o denunciante, aos servidores do Poder Legislativo, que estaria agindo por interesse de terceiro, o que é reprochável numa situação dessas.
Se observou nos autos que a única circunstância investigatória, e processual, contra Leandro é tão só a versão da vítima, o arrependido denunciante. E isso é possível se afirmar, pela sua própria versão. Diante disso, do arrependimento do denunciante, pouquíssimo provável que tenha esse sido ameaçado ou constrangido pelo Vereador Leandro, pois não haveria lógica nisso e tampouco qualquer motivação para assim ocorrer.
Saliento: é só a versão da vítima que fundamentou a representação pela prisão do Vereador Leandro. E a decisão alcançada pela via do Habeas Corpus veio a reconhecer o posicionamento e entendimento da defesa, no sentido de que desarrazoada foi a ordem de prisão e de que deveria, como de fato foi, ser devolvida a liberdade do Vereador Leandro Gralha”.
