O Gramadozoo tem oito novos moradores: cinco emas, uma loba-guará e dois tamanduás-bandeira. Os animais são todos filhotes e vieram do Zoológico de Rio Preto na última semana. Em fase de adaptação, a loba permanece na área de quarentena. Já as emas e tamanduás, foram encaminhadas nesta semana para recintos especiais que simulam seu habitat natural. O intercâmbio foi possível em virtude de programa de cooperação para conservação de espécies nativas firmado entre Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil, Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Os filhotes de ema e a fêmea de lobo-guará nasceram no Zoo de Rio Preto no ano passado. Já os tamanduás, um macho e uma fêmea, foram resgatados pela Polícia Ambiental. A fêmea foi encontrada no município de Monte Aprazível (SP) e chegou em 7 de outubro de 2020. O macho foi encontrado em Rio Preto e deu entrada na instituição no dia 15 de dezembro de 2020. “Assim como o zoo de Rio Preto, fizemos parte do programa de conservação do tamanduá-bandeira, lobo-guará e outras espécies. A parceria é muito importante para manter essas espécies ameaçadas, estudar mais seus hábitos e mitigar os danos que causamos a esses animais”, afirma o veterinário Renan Alves Stadler, responsável técnico do Gramadozoo.
O tamanduá-bandeira e o lobo-guará integram um grupo de 25 espécies de animais silvestres da fauna brasileira que estão ameaçados de extinção, e que foram escolhidos para o estabelecimento e o manejo ex situ de Populações de Segurança. “Tanto o tamanduá quanto o lobo-guará sofrem muito com a ação do homem na natureza. Iremos proporcionar condições para que tenham o bem-estar necessário para a reprodução”, diz Stadler.
COOPERAÇÃO TÉCNICA
O zoo de Gramado faz parte de um Acordo de Cooperação Técnica para elaboração, implementação, manutenção e coordenação dos programas de manejo ex situ de espécies ameaçadas em zoológicos e aquários brasileiros. O intercâmbio e envio dos animais para Gramado faz parte desse trabalho de conservação das espécies que favorece a manutenção da variedade genética das populações em cativeiro, visando futuros repovoamentos de áreas onde estão ameaçados de extinção ou foram extintos.