Essa semana vi esta imagem (abaixo) no Facebook e fui remetido aos anos de minha infância, quando ganhei minha BMX. Na época não havia qualquer acessório de segurança e as quedas, arranhões e lesões eram inevitáveis, mas a gente não se importava com isso. Usava o velho Merthiolate (às vezes usa-lo doía mais do que a ferida) e logo estávamos de novo na brincadeira. Tinha o futebol no estacionamento, na maioria das vezes disputado de pés descalços e não raros eram os “tampões” tirados dos dedos. Jogar na chuva era maravilhoso e nunca terminava em gripe. Passámos a maior parte do tempo brincando em grupo na rua. Éramos de aço e não sabíamos.

Com o início da vida adulta também não era muito diferente. Andar de moto sem capacete e com o vento no rosto era muito bom. Cinto de segurança era um item nunca usado no carro, aliás os carros cabiam muito mais do que cinco pessoas. Éramos de aço e não sabíamos. Porém, não pense que os itens de segurança não são importantes, eles salvam vidas.

Ao longo do tempo, perdemos nossos poderes. Não somos mais de aço e nem imunes. Uma simples chuva pode nos deixar de cama com uma forte gripe. Hoje em dia nem penso em deixar de me vacinar contra a gripe e atualmente aguardo minha vez de ser vacinado contra a Covid-19. Ainda na adolescência era acostumado a levar todo tipo de pancada e o máximo que acontecia era uma canela roxa. Hoje, ergo um peso e já fico com uma dor nas costas e preciso apelar para um relaxante muscular. Antigamente, passávamos horas brincando no sol sem se importar. Hoje, algumas horas de sol e já vem a dor de cabeça e o sério risco de ter um câncer de pele se não usarmos protetor solar. Éramos de aço, mas perdemos nossos poderes.

E por falar em futebol

Falando em futebol, hoje teremos mais um Gre-Nal, e ele vale taça. O Grêmio leva todo o favoritismo. Tem um grande retrospecto recente, joga em casa e ainda vem de vitória no duelo anterior. Além disso, tem um time ajustado e de qualidade. Já o Inter, embora tenha um time mais qualificado do que o grupo que ficou com o vice no Brasileirão passado, está totalmente perdido e sem comando. Tudo indica que novamente será uma presa fácil, há menos que um milagre aconteça. O time de Ramires é tão lento quanto o de Coudet, dá até sono. Que saudade do Abelão.

Fale com o colunista