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Assinada concessão para reabertura do Parque do Pinheiro Grosso

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O Município de Canela e a incorporadora Novalternativa assinaram o contrato para a revitalização de mais um atrativo turístico de Canela desativado há anos: o Parque do Pinheiro Grosso, situado na ERS-466 – a estrada para o Caracol. O ato ocorreu no gabinete do prefeito Constantino Orsolin, com a presença de membros do primeiro escalão do Executivo, na manhã desta quinta-feira (30).

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A data para a assinatura do instrumento foi proposital. Isso porque há um ano a Novalternativa inaugurava a Estação Campos de Canella no coração da cidade, como concessionário do bem público. Ainda nesta quinta-feira, lá será aberto o parque temático Big Land.

A área do empreendimento corresponde a 125.773,07 m² e as obras, cujo investimento gira em torno de R$ 4 milhões, terão início em alguns dias. O objetivo é reabrir o Parque do Pinheiro Grosso em um ano, a e concessão à iniciativa privada será de 25 anos, segundo Fernando Bassani, diretor da Novalternativa

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O arquiteto Marco Santini, responsável pelo projeto, explica que as obras são divididas em três etapas. A primeira contempla, entre outras melhorias, a passarela de acesso à maior espécie do pinheiro-brasileiro (Araucaria augustifolia) em território nacional. Ela agora será coberta, de modo a permitir o acesso de frequentadores independentemente do momento climático.

O local contará com mirante e observatório, com possibilidade da prática de esportes como rapel e tirolesa com vista para o vale. Haverá também um borboletário, visto que o Rio Grande do Sul é o estado que concentra a maior quantidade do inseto no país, conforme Santini. “O elemento principal é o pinheiro, e a proposta é resgatar aquele bem, devolver toda a beleza aos moradores de Canela, com ambiente de flora e fauna revigorado”, detalha.

PODER PÚBLICO

Para o prefeito Constantino Orsolin, a revitalização de um dos ícones de Canela representa uma alternativa para entregar a quem de ofício tem a função de gerar investimentos. “O poder público não sabe fazer dinheiro, produzir riqueza. Quem foi feito para isso é a iniciativa privada”, confirma. Orsolin citou a Estação Campos de Canella como sucesso de uma parceria público-privada bem consolidada.

A solução encontrada pelo governo de Canela para reativar patrimônios da cidade, fomentando a atividade turístico-econômica, deve-se à lei chamada Canela do Futuro – a lei municipal nº 3.934/17. “É uma legislação que estimula o empreendedor a investir no município, gerando renda e emprego”, diz Vilmar Santos, idealizador da norma quando responsável pela Secretaria de Governança, Planejamento e Gestão, atualmente respondendo pela Saúde. “Hoje é um momento feliz e importante para os rumos de Canela no turismo”, destaca Luciano Melo, atual titular da pasta de Governança.

“A gente fica feliz de uma empresa assumir o Pinheiro Grosso e valorizá-lo. Vai ser explorado de forma mais correta, vai receber os visitantes com mais segurança e conforto. A Prefeitura vai continuar ajudando na logística, na promoção, na institucionalização do turismo com todas as atrações de Canela”, opina o secretário municipal de Turismo e Cultura Ângelo Sanches.

PINHEIRO GROSSO – HISTÓRIA

O pinheiro-brasileiro que referencia o parque na estrada do Caracol foi descoberto em março de 1975 pelo tenente Edy Saul Pütten, segundo o livro Os Canelistas, do jornalista Márcio Cavalli. Ele havia chegado no final dos anos 40 a Canela para implantar o quartel da Brigada Militar na cidade.

Na época, seu Edy administrava o Parque Estadual do Caracol. Numa das idas para casa, encontrou um guri com uma trouxa e perguntou se ele tinha pinhão. Diante da negativa, brincou: pois, se no mato próximo não tinha nem pinheiro, muito menos pinhão.

Mas o guri disse que havia e o levou por uma trilha. Seu Edy se impressionou com a altura de 42 metros da árvore. Dias depois, um carroceiro de nome Cesario disse-lhe conhecer o tal “pinheiro do Pulador” há uns 50 anos, ou seja, desde os anos 1920 do século XX. A árvore servia para nutrir moradores da localidade com pinhões.

Foto: Rafael Zimmermann

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