Em virtude de medidas protetivas contra o coronavírus, a Prefeitura de Gramado reitera a necessidade de que todos permaneçam em suas casas e atendam ao decreto 74/2020, que determina calamidade pública. De acordo com o prefeito municipal, Fedoca Bertolucci, o que se tem de concreto por todas as opiniões colhidas na área científica e técnica é de que na semana que vem ainda não será possível abrir o comércio e os prestadores de serviço. “Estaremos no auge do período de contaminação do coronavírus, mas já no início da semana que vem o Comitê de Gestão de Crise irá se reunir em assembleia para começarmos a dar encaminhamento à flexibilização para a semana seguinte. Isso não é absolutamente exato, por quê? Porque dependemos de boletins, relatórios e decisões periódicas de órgãos de saúde federal, estadual e municipal, mas nós queremos que Gramado retome sua atividade econômica”, afirma.
O prefeito ainda complementa: “O que não quero é o município ser carimbado como divergente da comunidade científica internacional na área da saúde, nós estamos rigorosamente em harmonia com todas as informações científicas”, comenta.
O diretor do Hospital Arcanjo São Miguel, Marcio Slaviero, compreende o pedido de parte da comunidade, em reabrir o comércio. “Entendemos a necessidade de retomada econômica, mas nosso objetivo e dos serviços de saúde é achatar a curva do número de casos. O isolamento nesse período de 20 de março por 14, 15 dias foi fundamental para o controle do contágio, já que a previsão do pico do número de casos é para abril deste ano. Os casos positivos que tivemos, se não tivessem sido controlados e monitorados, associados à quarentena, que diminuiu a atividade social intensa da nossa cidade, nos trariam um número enorme de casos para os próximos dias”, afirma o diretor do HASM.
O secretário municipal de Saúde, João Teixeira, relata que diversas medidas estão sendo tomadas. “No postão, junto à secretaria municipal de saúde, estamos providenciando medidas para acolher pacientes com sintomas gripais. Eles estão sendo medicados e encaminhados para suas casas ou ao Hospital São Miguel. Juntamente com isso, e esperamos que não seja necessário, estamos montando uma estrutura na Expogramado para casos graves e iremos acolhê-los se preciso”, comenta.
Texto: Fernanda Fauth.
Foto: Carlos Borges.