Hoje vou recordar um pouco sobre a atuação de pessoas dos bastidores do Serrano e deixarei de lado os jogadores. Sei que muitas pessoas auxiliaram o clube neste período, alguma mais, outras menos, ou mesmo de forma anônima. No entanto, vou citar apenas aquelas pessoas com quem tive mais contato durante os 25 anos anos de cobertura esportiva.
O primeiro serranista que conheci foi o seu Eno Weber, o popular Webinha. Ele entrou em contato com o jornal onde eu trabalhava na época para pedir que fosse feita uma cobertura de uma reunião, na qual seria decidido se o Serrano continuaria ou não a disputar o Campeonato Amador. Na reunião conheci outro grande serranista, trata-se do seu Gilmar Gross, que na ocasião foi eleito Diretor de Futebol e teve a incumbência de manter o clube como o único a participar de todas as edições do Amador.
Webinha sempre se envolveu com questões relacionadas ao clube, na maioria das vezes pelos bastidores. Mas, também esteve a frente de iniciativas, como quando montou uma equipe de base para disputar o estadual. O projeto serviu para revelar e dar oportunidade a jovens talentos que estavam surgindo em Canela.
Já Gilmar Gross sempre trabalhou ativamente na linha de frente na montagem dos grupos. Certa vez foi até a redação e pediu que o acompanha-se para registrar o momento da assinatura de ficha de uma nova contratação. Na época haviam muitos jogadores disputados na região, os quais eram bem pagos para defender as cores de um clube e toda forma de “pressão” ajudava na hora de definir em qual clube assinariam a ficha.
Outro personagem importante foi o seu Jânio Machado, que atuou como dirigente, treinador e também presidiu o clube. Foi responsável pela montagem de bons times. O serranista Júlio Jahn também sempre auxiliou muito o clube pelos bastidores. Meu amigo Gilnei Colombo também teve sua cota de participação em auxiliar o Serrano.
Em se tratando de Serrano, também não posso deixar de citar o trabalho realizado pelo seu Ênio Becker, o Ratão. Durante muitos anos ajudou o clube atuando voluntariamente como Delegado da Federação Gaúcha de Futebol, sendo mesário nos jogos em Canela. Além disso, também foi campeão com o Serrano lá em 1967.
Não podemos esquecer do seu João Watzlawick, o qual por muitos anos atuou como massagista e saia na “corrida” para socorrer os lesionados. E se não tivesse jeito era preciso chamar os maqueiros Bira e Garrão para fazer um frete. Também poderia citar grandes treinadores, como Serginho, Branco, João Prestes, Jéferson Bazi, entre outros.
E lá nas cabines de imprensa do Dr. Pedro Sander, ou fora de casa estava o amigo Eduardo Rodrigues, o Xuxu, narrando as disputas serranistas em campo. Estes são só alguns de tantos personagens que fizeram com que o Serrano seguisse sua trajetória vitoriosa e que hoje é apenas saudade.