CANELA | Na madrugada de sábado (15/02), foi registrada uma rebelião no Presídio de Canela, fato que iniciou após a transferência de presos para outras penitenciárias do Estado. Ao ser iniciada a transferência, alguns presos teriam iniciado um protesto, incendiando colchões e causando tumulto dentro da unidade. Para controlar a situação foi necessário a atuação de agentes da SUSEPE, com apoio da Brigada Militar, que utilizou balas de borracha e granadas de efeito moral para conter a rebelião. Cerca de 15 detentos acabaram feridos durante o motim.
Representantes dos Direitos Humanos (DH) estiveram no Presídio de Canela e repassaram algumas informações aos familiares dos detentos que estavam na frente da casa prisional buscando saber o que aconteceu e a condição de saúde dos detentos. Havia uma grande preocupação, pois se tinha o relato de que detentos estariam feridos e não teriam recebido atendimento médico e que também estariam sem água e sem receber comida.
Conforme os representantes dos Direitos Humanos, um médico do SAMU esteve no presídio e atendeu todos os feridos. Como os ferimentos não eram graves não houve necessidade de remoção ao hospital. Foi informado ainda aos familiares que os detentos estão recebendo água e alimentação. Sobre as transferências, a informação é de que já havia um agendamento para que cinco detentos fossem para outras casas de detenção. Essas transferências, segundo informado pelos representantes dos Direitos Humanos, estavam previstas antes mesmo do anúncio da decisão judicial que interdita o presídio e obriga a diminuição no número de presos. A informação é de que estas transferências ainda deverão ocorrer.
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A decisão judicial é oriunda de uma vara da comarca de Caxias do Sul e estabelece que a ocupação do presídio deveria ser reduzida para até 160 detentos, ou seja, o dobro da capacidade atual que é projetada para cerca de 80 pessoas, sendo que atualmente, a casa prisional abriga mais de 220 apenados.