Os chamados faltômetros – banners nas unidades básicas de saúde de Canela que expõem o número de ausências a consultas e exames não retirados, custeados pela rede pública – mostram seus primeiros resultados. Em outubro, 1.471 pessoas haviam faltado ao médico agendado. Já em novembro, conforme os dados apurados esta semana, foram 931 as consultas sem pacientes – uma redução de 36,71%.
Em relação a exames solicitados e não buscados, o decréscimo foi de 20% em comparação entre os dois meses passados – 95 em outubro e 76 em novembro. “De primeiro momento, a ação dos faltômetros surtiu efeito entre os usuários, que estão se conscientizando de que não comparecer às consultas ou não retirar exames implica em desperdício de recursos, além de tirar vaga de quem também pode precisar do serviço”, analisa o secretário municipal de Saúde Vilmar Santos.
Para ele, embora se tenha avanço, é preciso continuar e ampliar a divulgação dos números. Uma das ações é a disponibilidade dos resultados no site do Município, mas não estão descartadas novas atitudes – talvez, como a distribuição de fôlderes.
Em setembro e outubro, as consultas agendadas e não comparecidas resultaram em um gasto de R$ 70.010,00 para os cofres públicos – como se pagasse para o médico ficar parado nas UBS’s. Para se ter ideia, foram 43 exames de mamografia, desintometria, endoscopia e colonoscopia (juntos) feitos e não retirados pelos pacientes no mês de outubro. Isso resultou num prejuízo de pouco mais de 5 mil para a rede pública de saúde.
Foto: Márcio Cavalli