Tornar o setor chocolateiro de Gramado de alto padrão e reconhecido internacionalmente é um dos principais objetivos da Associação da Indústria e Comércio de Chocolates de Gramado – ACHOCO. Para isso, a entidade vem trabalhando intensamente na implementação e manutenção dos processos de melhoria contínua dos seus associados e dos produtos fabricados.
De acordo com o diretor executivo da Associação, João Teixeira, as ações visam proteger o verdadeiro “Chocolate Artesanal de Gramado”, já conhecido pela extrema qualidade, tornando esse um diferencial competitivo em relação a outras marcas encontradas no mercado.
Recentemente, a ACHOCO contratou a empresa de auditoria Ustra Consultoria – que possui know-how, credibilidade e larga experiência em assuntos regulatórios e Boas Práticas de Fabricação para produção de chocolates – para revisar e aplicar o Regulamento Técnico Interno e auditar as fábricas associadas. “A auditoria avalia evidências documentais e também a área de produção. Aplica-se um check-list padrão e todos os resultados são acompanhados por nós e pela entidade, que consegue acompanhar de forma detalhada o que ocorre em cada fábrica”, explica a consultora e engenheira química Juliana Ustra, que realiza há trabalho intenso de estudo sobre o mercado do chocolate brasileiro.
Teixeira revela que, atualmente, os processos seguem a pleno vapor e ainda no primeiro semestre de 2023, será realizada a entrega dos certificados para os que cumprirem os requisitos da rigorosa auditoria técnica, que contempla etapas obrigatórias junto a ANVISA. “Há requisitos de qualidade essenciais que avaliam a forma de produção para que o produto se enquadre como ‘Chocolate Artesanal de Gramado’”.
Aprovado pelo INPI, o regulamento traz pontos fundamentais, como análises laboratoriais de qualidade, documentação de Boas Práticas de Fabricação, padrões internos para formulação e rastreabilidade. “Todos os insumos e a produção serão acompanhados pelos produtores em planilhas. Isso torna o processo mais seguro e transparente”, diz o diretor executivo”.
Teixeira conta que a Associação tem dado toda a estrutura necessária e suporte para que os associados consigam preencher os requisitos, desde o auxílio para a contratação de profissionais técnicos com experiência no ramo até a implantação de ações que garantem ética e clareza nas etapas do processo. “Para que seja chamado Chocolate de Gramado, o regulamento indica, até mesmo, quais os ingredientes são permitidos ou não em cada formulação. Um exemplo é a proibição de gorduras substitutas em massas de chocolates puros, podendo ser usado somente manteiga de cacau. Cumprindo tudo, a partir da conquista da certificação, eles poderão usar o Selo de Procedência”.
O executivo reforça que as ações que vem sendo realizadas demonstram a preocupação da ACHOCO em nivelar o setor chocolateiro de Gramado, colocando todos em um alto padrão de qualidade.