CANELA | Uma cidade que preserva sua história teatral não guarda apenas cenários e figurinos: guarda a identidade de quem somos e o sonho do que ainda podemos ser. Pensando nisso a atriz e diretora canelense Lisi Berti inscreveu seu projeto Teatro e Patrimônio – O Legado Teatral de Canela no edital SEDAC/PNAB 31/2024 de memória e patrimônio e foi contemplada, com diversas ações que culminaram no lançamento do livro “A História do Teatro em Canela”.
Resultado de cinco anos de pesquisas, a obra reúne entrevistas, relatos de artistas, organizadores e espectadores, além da digitalização de acervos que preservam momentos marcantes da cena cultural da cidade. O livro está estruturado em três atos, numa dramaturgia que reflete a própria vida do teatro: Primeiro Ato – das décadas de 1920 a 1980, período de formação, grupos pioneiros e movimentos culturais que abriram caminho na cidade; Segundo Ato – os grandes festivais que projetaram Canela no cenário artístico; Terceiro Ato – atualidades, depoimentos e memórias, em uma narrativa que conecta passado e presente para ressignificar e resguardar nosso maior legado: o teatro.
O lançamento acontece no dia 10 de outubro, às 18h30min, no Cidica (Centro Integrado de Desenvolvimento e Inovação de Canela), com distribuição gratuita de exemplares em todas as escolas, entidades, órgão públicos e interessados na história do teatro canelense que moldou uma época. Após o evento, o livro poderá ser adquirido junto ao Departamento de Cultura de Canela, também de forma gratuita.
“Mais do que um registro histórico, “A História do Teatro em Canela” é um convite à memória viva da cidade e ao reconhecimento de gerações que mantiveram acesa a chama da arte cênica e, quando uma comunidade decide contar sua história teatral, ela não olha apenas para trás. Ela afirma, em uníssono: “nós existimos, nós criamos, nós resistimos”. É assim que a memória se torna futuro e o patrimônio ganha vida, sempre pronto a se renovar, como a cortina que se abre para o próximo ato” comenta Lisiane Berti.
Há cidades que se constroem de pedra e concreto. Outras se erguem de histórias e memórias. Canela, como tantas, guarda em suas ruas não apenas o traço da arquitetura ou o som das badaladas dos sinos da igreja, mas também o vibrar de vozes que um dia subiram ao palco. Porque o teatro, quando nasce em uma comunidade, não é apenas espetáculo, é patrimônio!
O palco é a memória viva de um povo. Nele, os risos e as lágrimas atravessam gerações, deixando marcas invisíveis que nenhum tempo apaga.
Interessados em participar do lançamento do livro, que contará também com exposição e bate papo, pode se inscrever pelo @lisianeberti.